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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Versículo comentado.

Esperamos demais nos bastidores quando a vida tem um papel para desempenhar no palco.

A vida é curta demais e boa demais pra você perder tempo.



Mestres do Perdão.

Eram duas crianças a brincar. Amigos. Vizinhos. Um desfrutava de privilegiada situação social. Toda novidade em matéria de brinquedos lhe chegava, de forma rápida, às mãos.
O outro era o amigo que, por conta justamente da amizade, desfrutava com alegria desses pequenos prazeres da infância.
Naquele dia, a novidade era um trem. Nada sofisticado. Mas um trem de cores vivas que, nas mãos dos garotos logo adquiriu vida.
O trem ia de uma cidade a outra. Com rapidez. Recebia pessoas aqui, deixava outras ali. Transpunha distâncias em segundos, na imaginação fértil dos petizes, dando quase a volta ao mundo.
A geografia não importava muito. Em um momento, estavam numa localidade. Em outro, tinham transposto o mar e se encontravam em outra.
Assim seguia a brincadeira, até o momento em que o amiguinho resolveu que o trem deveria ficar mais tempo em suas mãos.
Afinal, o dono do trem o detinha em demasia. Ele fazia as viagens mais longas, mais emocionantes.
À conta disso, começou uma discussão. O trem é meu, então fico com ele tanto tempo quanto quero!
Mas eu sou seu amigo e seu convidado! Você tem que me deixar dirigir o trem.
E uma pequena disputa se travou. Os dois meninos agarraram o trem, cada um puxando de um lado.
Puxa daqui, puxa dali. O dono do brinquedo puxou com mais vigor. Caiu e o brinquedo lhe bateu na fronte, ferindo-o de leve.
Mas a dor da batida e um pequeno filete de sangue, que logo apareceu, fez com que o choro começasse.
Acudiram mãe e pai. Ao ver o rosto do filho com um hematoma e o sangue, o pai se tomou de ira, gritou com o visitante, fez-lhe ameaças.
O garoto ficou parado, sem entender muito bem toda a questão, pela rapidez com que tudo acontecera.
O amigo chorava, machucado. O pai o colocou ao colo e ia se preparando para sair, rumo ao hospital.
Afinal, pensava, era preciso verificar se algo mais grave não acontecera.
Quando ia transpondo a porta, o ferido levantou o rosto que estava apoiado ao ombro do pai, enxugou as lágrimas e gritou para o amiguinho ainda atônito, sentado no chão:
Ei, não vá embora! Eu volto logo e vamos continuar a brincar.
Então, o pai se deu conta do estardalhaço que fizera por pouca coisa. Limpou o rosto do filho ele mesmo e o entregou de volta à brincadeira.
*  *   *
O fato é mais corriqueiro do que se imagina. Em verdade, pequenas rusgas surgem entre as crianças.
Rusgas que parecem prestes a explodir em agressão.
Entre os adultos, nos envolvemos em situações semelhantes, muitas vezes.
Mas, deveríamos aprender com as crianças, esquecendo logo a dificuldade e retornando ao convívio da amizade ou do trabalho.
Razão tinha mesmo Jesus ao nos dizer que deveríamos nos assemelhar às crianças para conquistarmos o Reino dos Céus.
O Reino dos Céus que se traduz em paz e começa na intimidade de cada um.

Coragem e Responsabilidade




Quando o ser humano descobre o Espiritismo é tomado por especial alegria de viver, passando a compreender as razões lógicas da sua existência, os mecanismos que trabalham em favor da felicidade, experimentando grande euforia emocional.

Quando o Espiritismo penetra na mente e no sentimento do ser humano, opera-se-lhe uma natural transformação intelecto-moral para melhor, propondo-lhe radical alteração no comportamento que enseja a conquista de metas elevadas e libertadoras.

Quando o indivíduo mantém os primeiros contatos com a Doutrina Espírita, vê-se diante de um mundo maravilhoso, rico de bênçãos que pretende fruir, deixando-se fascinar pelas propostas iluminativas de que é objeto.

Quando o Espiritismo encontra guarida no indivíduo, logo se lhe despertam os conceitos de responsabilidade, coragem e fidelidade à nova conquista.

Nem todos, porém, alteram a conduta convencional a que se acostumaram. Ao entusiasmo exagerado sucede o convencionalismo do conhecimento sem a sua vivência diária, aguardando recolher conveniências e soluções para os problemas afligentes, sem maior esforço pela transformação moral. Não se afeiçoando ao estudo correto dos postulados espíritas e neles reflexionando, detêm-se nas exterioridades das informações que recolhem, nem sempre verdadeiras, tornando-se apenas beneficiários dos milagres que esperam lhes aconteçam a partir do momento da sua adesão.

Com o tempo e a frequência às reuniões, acomodam-se ao novo ritualismo da participação sem realizações edificantes, ou entregam-se à parte da assistência social, procurando negociar com Deus o futuro espiritual em razão do bem e da caridade que acreditam estar realizando.

O conhecimento do Espiritismo de forma natural e consciente desperta os valores enobrecidos da responsabilidade e da coragem indispensáveis à existência ditosa.

Todo conhecimento nobre liberta o ser humano da ignorância, apresentando-lhe a realidade desvestida dos formalismos e das ilusões, na sua fase mais bela e significativa, por ensejar a conquista dos valores legítimos que devem ser cultivados.

O homem livre da superstição e dos complexos mecanismos da tradição da fé imposta redescobre-se e exulta por compreender que é o autor de todas as ocorrências que lhe sucedem, exceção ao nascimento e à desencarnação, e mesmo essa, dependendo muito do seu comportamento durante a vilegiatura física, podendo antecipá-la ou postergá-la.

Adquire a responsabilidade moral pelos atos, não mais se apoiando nas bengalas psicológicas de transferir para os outros a razão dos insucessos que lhe ocorrem, dando lugar aos sofrimentos e suas inevitáveis consequências.

Compreende que uma excelente filosofia não basta para proporcionar uma existência feliz, mas sim a vivência dos seus ensinamentos, que se tornam responsáveis pelo que venha a ocorrer-lhe na área do seu comportamento moral.

É comum a esses adeptos precipitados, passado algum tempo, apresentarem-se decepcionados e tristes, informando que esperavam muito mais do Espiritismo e que encontraram pessoas confusas e perversas, insensatas e desequilibradas no seu Movimento.

Da alegria exagerada passam à crítica contumaz, à maledicência, ao azedume.

Afinal, essa responsabilidade não é do Espiritismo, mas daqueles que o visitam levianamente e não incorporam à vida espiritual os ensinamentos excepcionais de que se constitui a sã doutrina.

De igual maneira que esses neófitos não se preocuparam em conseguir a autoiluminação o mesmo sucedeu com outros adeptos que os precederam, acostumados que estavam ao ócio espiritual, à leviandade religiosa, aguardando sempre receber sem a menor preocupação em contribuir.

O Movimento Espírita não é o Espiritismo. O primeiro é constituído pelos indivíduos, bons e maus, conhecedores e ignorantes das verdades do mundo espiritual, ativos ou ociosos, que se deveriam integrar de corpo e alma ao serviço de renovação interior e da divulgação pelo exemplo. No entanto, para esse cometimento é necessária a coragem da fé, essa robustez de ânimo que enfrenta as dificuldades de maneira lúcida e clara, com destemor e espírito de ação, para remover-lhes os obstáculos e alcançar os patamares mais elevados de harmonia e de bem-estar.

Em muitos, que permanecem na irresponsabilidade do comportamento e na falta de coragem para arrostar as consequências da sua conversão ao Espiritismo, demorando-se na dubiedade, nas incertezas que procuram não esclarecer, receando os impositivos da fidelidade pessoal à doutrina, instalam-se as justificativas infantis para prosseguirem sem alteração, esperando que os Espíritos realizem as tarefas que lhes dizem respeito.

Outros ainda, viciados na conduta da inutilidade, esperam ter resolvido todos os problemas de saúde, família, economia, surpreendendo-se, quando convocados aos fenômenos existenciais das enfermidades, dos desafios domésticos e financeiros, sociais e profissionais, que desejavam não lhes ocorressem em decorrência da sua adesão ao Espiritismo...

Só mesmo a mente insensata ode elaborar conceito dessa magnetiude: a ade~so a uma doutrina feliz basta para que tudo lhe ocorra a partir de entãso, de maneira especial e magnífica!

O Espiritismo enseja a compreensão dos fatores existenciais, dos compromissos que a cada qual dizem respeito, do esforço que deve ser envidado em favor da construção do próprio futuro. Elucida as situações dolorosas, explicando as suas causas e oferecendo os instrumentos para a sua erradicação, com a consequente construção dos dias felizes do porvir.

Eis por que se impõe, logo após a adesão aos seus postulados, de par com a responsabilidade da conduta, a coragem para as mudanças interiores que devem acontecer ao largo do tempo, com a vigilância indispensável à produção de fatores elevados para o desenvolvimento intelecto-moral que aguarda o candidato às suas fileiras.

Tomando como modelar a conduta de Jesus, o Espiritismo trá-Lo de volta, desmistificado das fábulas com que O envolveram através dos tempos, real e companheiro de todos os momentos, ensinando sempre pelo exemplo de que as Suas palavras se revestem.

O espírita sincero, que se redescobre através do conhecimento doutrinário, transforma-se em verdadeiro cristão, conforme os padrões estabelecidos pelo Mestre galileu.

Não se permite justificativas infantis após os insucessos, levanta-se dos erros e recomeça as atividades tantas vezes quantas ocorram, tem a coragem para o autoenfrentamento libertando-se dos inimigos de fora para vencer aqueles de natureza interna, sempre disposto a servir e a amar.

Evocando os mártires do Cristianismo primitivo, enfrenta hoje valores decadentes da ética e da moral, graves problemas sociais e morais, que lhe exigem sacrifício para uma existência honorável sem os conchavos com a indignidade, a traição e o furto legalizado.

Torna-se alguém intitulado como portador de comportamento excêntrico, porque tem a coragem de manter a vida saudável, mantendo-se digno em todas as circunstâncias, responsável pelos pensamentos, palavras e atos, incompreendido e, não poucas vezes, perseguido, mesmo nos locais em que labora doutrinariamente, em face da conduta doentia dos acostumados à leviandade e ao ócio.

Sem qualquer dúvida, a adesão ao Espiritismo impõe a consciência de responsabilidade e de coragem, para tornar-se verdadeiramente espírita todo aquele que lhe sinta a sublime atração.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aborto.

A gravidez veio na hora indesejada, lembrava-se Laura.
Veio na hora errada e ainda trazia riscos de várias ordens.
A saúde debilitada, problemas familiares, o desemprego...
Seu primeiro impulso foi o aborto. Tomou uns chás que, em vez de “resolver, a debilitaram ainda mais.
Recuperada, buscou uma dessas pessoas que arrancam, ainda no ventre, o chamado problema das mães que não desejam levar adiante a gestação.
Naquele dia, a parteira havia adoecido e faltara.
Laura voltou para casa preocupada, mil situações lhe passavam pela mente.
À noite, deitou-se e custou a adormecer, mas foi vencida pelo sono. No sonho, viu um belo jovem pedindo-lhe algo que, na manhã seguinte não soube definir.
Durante todo o dia não conseguiu tirar aquela imagem da mente, de sorte que esqueceu a gravidez.
Na noite seguinte voltou a sonhar com o mesmo jovem, só que acordou com a agradável sensação de tão doce quanto agradável “Obrigado”.
Era como se ainda visse seus lábios pronunciando palavras de agradecimento, enquanto de seu coração irradiava uma paz indefinível.
Desistiu do aborto.
Enfrentou tudo, superou todos os riscos e saiu vitoriosa...
Hoje, passados 23 anos do episódio, ouve emocionada seu belo e jovem filho pronunciar, do púlpito da solenidade de sua formatura, ante uma extasiada multidão:
... Agradeço sobretudo à minha mãe, que me alimentou o corpo e o Espírito, dando-me não só comida, mas carinho, companhia, amor e, principalmente, vida.”
E, olhando-a nos olhos, o filho pronunciou, num tom inconfundível:
Obrigado!”
Ela não teve dúvidas. Foi o mesmo Obrigado, doce e agradável, de um sonho, há 23 anos...

* * *

A mulher que nega o ventre ao filho que Deus lhe confia, nega a si mesma a oportunidade de ouvir a cantiga alegre da criança indefesa a rogar-lhe carinho e proteção.
Perde a oportunidade de dar à luz um Espírito sedento de evolução, rogando-lhe uma chance de reencarnar, para juntos superarem dificuldades e estreitarem laços de amizade e afeto.
Se você mulher, está passando pela mesma situação de Laura, mire-se no seu exemplo e permita-se ser mãe.
Permita-se sentir, daqui alguns meses, o agradecimento no olhar do pequenino que lhe roga o calor do colo e uma chance de viver.
Conceda-se a alegria de, daqui alguns anos, ornamentar o pescoço com a jóia mais valiosa da face da Terra: os bracinhos frágeis da criança, num abraço carinhoso a lhe dizer:
Obrigado mamãe, por ter me permitido nascer e crescer, e fazer parte desse Mundo negado a tantos filhos de Deus.

* * *

Pense nisso!
Todos nós voltaremos a nascer um dia...
Se continuarmos negando oportunidades de reencarnação aos Espíritos com os quais nos comprometemos antes do berço, talvez estejamos negando a nós mesmos a chance de uma mãe ou pai, no futuro.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

POR CHICO XAVIER

"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não quiser chorar, não chore;
Se não conseguir chorar, não se preocupe;
Se tiver vontade de rir, ria;
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão;
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me;
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam;
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo...
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
-"Foi meu amigo, acreditou em mim e sempre me quis por perto!"
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
"Ser seu amigo, já é um pedaço dele..."

Saudades, Por Fenando Pessoa.


Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
as descobertas que fizemos,
dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia,
das vésperas de finais de semana,
de finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino,
ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez
continuemos a nos encontrar quem sabe... nos e-mails trocados.
Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens...
Aí os dias vão passar, meses... anos...
até este contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos
verão aquelas fotografias e perguntarão,
Quem são aquelas pessoas?
Diremos...Que eram nossos amigos.

E... isso vai doer tanto!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi
os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente....
Quando o nosso grupo estiver incompleto...

Nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo.
E entre lágrima nos abraçaremos.
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado
para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.
E nos perderemos no tempo....
Por isso, fica aqui um pedido desta humilde amigo:

Não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas
adversidades seja a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se
morressem todos os meus amigos!